Após expandir para Ethereum com contratos auditados e uma campanha de airdrop oferecendo até 12% de APY, USDD volta sua atenção para sUSDD — um token focado em poupança, construído para crescimento transparente e on-chain.
As stablecoins superaram seu papel inicial como uma conveniência para negociações e agora estão moldando o futuro das finanças internacionais. Até meados de 2025, as stablecoins atreladas ao dólar representavam a maior parte de um mercado avaliado em cerca de 260 bilhões de dólares. As duas maiores stablecoins registram volumes trimestrais acima de 400 bilhões de dólares, e seu uso cresce mais rapidamente em países que enfrentam oscilações cambiais e inflação.
Pesquisas do FMI e do Federal Reserve dos EUA também destacam como as stablecoins estão desempenhando um papel cada vez maior em pagamentos transfronteiriços.
Embora já tornem as transferências mais rápidas e baratas do que muitos sistemas tradicionais, relatórios enfatizam a necessidade contínua de maior transparência e salvaguardas. À medida que as finanças descentralizadas (DeFi) se desenvolvem, os usuários buscam mais do que apenas uma paridade estável — eles procuram segurança, interoperabilidade e recursos práticos.
Um projeto que responde a essa demanda é o USDD, uma stablecoin descentralizada. Lançada inicialmente na TRON, agora foi implementada nativamente no Ethereum. Ao expandir dessa forma, a stablecoin busca atender aos pedidos por maior transparência, flexibilidade cross-chain e retornos estáveis.
Lançamento nativo em Ethereum
USDD foi lançado no Ethereum em 8 de setembro, emitido de forma nativa em vez de por meio de tokens wrapped ou versões dependentes de bridges. Nos últimos anos, vários outros projetos fizeram o mesmo, sinalizando que o Ethereum se tornou um ponto central de liquidez no DeFi. Esse design reduz os riscos de contraparte que há muito tempo afetam as bridges cross-chain, permitindo que os usuários mintem, mantenham e transfiram o ativo diretamente no Ethereum.
Os contratos do USDD foram revisados pela empresa de segurança blockchain CertiK, parte de uma tendência em que mais projetos DeFi buscam auditorias externas após hacks de grande repercussão. Essas verificações tornaram-se padrão para stablecoins lançadas no ecossistema do Ethereum.
No lançamento, a equipe também introduziu um Peg Stability Module (PSM), que permite trocas instantâneas e sem taxas entre USDT e USDC — um mecanismo projetado para garantir liquidez e manter a paridade com o dólar desde o primeiro dia.
A adoção foi rápida: em quatro dias, a circulação do token baseado em Ethereum ultrapassou 8 milhões de unidades, indicando uma demanda inicial entre os protocolos DeFi.
Smart Allocator e o design do framework de recompensas do USDD
As recompensas são geradas através do Smart Allocator, a estratégia do USDD para alocação de colaterais, com suporte adicional de subsídios do TRON DAO. Analistas observam que o objetivo é ir além de campanhas de bônus de curta duração para criar um modelo que possa se mostrar mais sustentável.
O próximo passo no roadmap é o sUSDD, uma versão da stablecoin focada em poupança. Tokens com recursos de recompensa embutidos não são novidade — Aave e Maker os utilizam há anos — mas o sUSDD seria um dos primeiros a trazer esse modelo diretamente para a camada de stablecoin.
Diferente das plataformas centralizadas, ele funcionará totalmente on-chain — uma escolha destacada pela equipe após falhas de grande repercussão em empréstimos centralizados.
O lançamento também faz parte do plano maior de múltiplas cadeias do USDD, com planos futuros para implementação nativa em ainda mais blockchains, como a BNB Chain. Se bem-sucedida, a estratégia permitirá que os usuários movimentem fundos de forma fluida entre diferentes ecossistemas.
O lançamento no Ethereum marca o início da transição do USDD para uma stablecoin multi-chain, acessível e sustentável. Analistas veem esse movimento como um sinal inicial de que o projeto está no caminho certo para desempenhar um papel importante e ampliado no DeFi.
