Metaplanet faz empréstimo de US$ 130 milhões para comprar mais BTC
Apesar da perda de US$ 643 milhões, a gestora continua apostando em criptomoedas no mercado.
A Metaplanet escolheu alavancar, não liquidar.
Assim, a empresa tomou um empréstimo de US$ 130 milhões usando BTC como garantia para reforçar sua estratégia ‘Bitcoin-first’.
Isso ocorreu mesmo com perdas não realizadas acima de US$ 635 milhões.
A empresa revelou o empréstimo em um documento no dia 21 de novembro.
O registro faz parte de uma linha de crédito de US$ 500 milhões anunciada no fim de outubro.
O credor pediu anonimato. Mas, o processo informa que a taxa de juros flutua, renova diariamente e permite pagamento a qualquer momento.
Ou seja, o BTC da empresa garante totalmente o empréstimo.
A Metaplanet detém atualmente 30.823 BTC. O valor estimado é de cerca de US$ 2,7 bilhões.
Sendo que o custo médio é de US$ 108,07 mil por BTC. No total, a gestora gastou US$ 3,33 bilhões.
Mas, com o Bitcoin abaixo desse valor, a Metaplanet registra perda não realizada de US$ 635,97 milhões. Ou seja, –19,1%, segundo a atualização mais recente do balanço de BTC.
Metaplanet usa BTC como garantia
A empresa afirmou que mantém capacidade forte de colateral. No dia 31 de outubro, suas reservas somavam o equivalente a US$ 3,5 bilhões.
Os US$ 230 milhões já usados da linha representam uma fração pequena dessa garantia.
Desse modo, a empresa disse que sua estratégia de endividamento mantém ‘colateral suficiente mesmo em períodos de forte volatilidade do Bitcoin’.
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O documento afirma que a empresa usará os recursos para comprar mais criptomoedas , expandir o negócio de geração de renda com cripto e fazer recompras de ações quando possível.
O negócio de renda, baseado na venda de opções de Bitcoin, atingiu vendas recordes no terceiro trimestre.
O apoio veio de quem vê a tática como aposta calculada na força de longo prazo do Bitcoin. Assim, a empresa transformou BTC em sua base financeira.
Ela usa o ativo como hedge contra o iene fraco e segue modelo semelhante ao da Strategy.
Porém, críticos alertam que alavancar um ativo volátil aumenta o risco de venda forçada.
Uma queda brusca pode gerar chamadas de margem e forçar liquidações.
O desempenho das ações da Metaplanet também não reflete de forma consistente o crescimento de suas reservas, mostrando ceticismo dos investidores.
Queda do BTC afeta empresas como a Metaplanet
O novo empréstimo chega enquanto a empresa listada em Tóquio reorganiza sua estrutura de capital. Ela busca alternativas à emissão de mais ações ordinárias.
Na semana passada, a empresa apresentou dois tipos de ações preferenciais, chamadas internamente de ‘Mars’ e ‘Mercury’.
Sendo assim, elas servem para levantar capital sem diluir demais os acionistas.
A venda inicial de 23,6 milhões de ações Mercury levantou US$ 135 milhões.
O dividendo anual é de 4,9%. A conversão para ações ordinárias é opcional se o preço das ações da Metaplanet triplicar.
A classe Mars oferece dividendo variável e não permite conversão. Porém, ela tem prioridade maior que as ações ordinárias.
Agora, a Metaplanet afirmou que o programa de ações preferenciais é crucial. Suas ações passaram a negociar abaixo do valor das reservas de BTC.
A relação preço-valor patrimonial está em 0,99. O desconto levou à aprovação de um programa de recompra de US$ 480 milhões.
Em outubro, a Metaplanet se tornou a primeira grande empresa com BTC a negociar de forma consistente abaixo de seu valor líquido.
Mercado cripto sofre com volatilidade
A pressão sobe com as perdas do mercado cripto. O preço do Bitcoin caiu 10% em uma única sessão. Ethereum e Solana também recuaram.
No setor, 26 de 168 empresas com BTC agora negociam abaixo do valor de suas reservas.
A acumulação corporativa também despencou para 1.428 BTC em setembro, queda de 95% ante julho.
Rivais enfrentam estresse similar. Marathon, Bitmine e Galaxy Digital reportaram perdas não realizadas significativas, por exemplo.
Apesar da pressão, a Metaplanet afirma que mantém a meta de longo prazo: adquirir 210 mil BTCs até 2027.
No total, a empresa adicionou 17 mil BTC no terceiro trimestre. O número supera a meta anual.
A empresa também registrou lucro líquido de US$ 87,5 milhões no trimestre. Dessa forma, o ganho veio com a recuperação do preço do Bitcoin após setembro.
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