Quando a maré baixa, só então vemos o futuro: quando falamos de preço, na verdade estamos falando do futuro
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O sentimento está a recuar, a indústria está a ser filtrada, o futuro está a ser reorganizado.
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Jiayi 加一
Opinião:
Jiayi 加一: 2025 traz um facto muito evidente, mas que a maioria das pessoas não quer admitir: não esperamos por um bull market das altcoins, mas sim antecipámos uma ronda sistémica de desinflação. Muitos interpretam isto como algo negativo, mas se olharmos numa perspetiva de longo prazo, percebemos que — anos em que não há subida antes de uma queda são, na verdade, os melhores períodos para o setor desenvolver estruturas verdadeiramente maduras. Porquê? Porque tudo isto é exatamente igual ao início da internet, apenas com a velocidade amplificada pelo efeito de alavancagem do crypto. Se quiseres realmente compreender o crypto de hoje, o método mais simples é — encará-lo como uma versão acelerada dos primórdios da internet. Muitos pensam que o caos, a bolha e a especulação do crypto são pecados originais exclusivos deste setor. Mas se estenderes a linha temporal, verás que isto não é exceção, mas sim o padrão de quase todas as revoluções tecnológicas — a internet em 2000 era igualmente frenética. Já escrevi um artigo sobre esta lógica: sob a premissa de uma eficiência de alavancagem ampliada, o funcionamento dos mercados Web2, internet e crypto é, essencialmente, convergente. A diferença é que o caminho que a internet percorreu em vinte anos, o crypto pode ter de o percorrer em menos de dez. A mesma lógica aplica-se aos mercados financeiros. Se achas que a volatilidade do crypto é dramática, é apenas porque esqueceste a primeira metade da vida da internet. Em 1999, bastava ter .com no nome para conseguir financiamento. eToys disparou 900% no primeiro dia em bolsa, os investidores estavam tão loucos como na época das altcoins no início do crypto. Depois a bolha rebentou. O Nasdaq caiu de mais de 5000 pontos para 1114; as capas dos jornais falavam em fraude da internet; todos diziam que a internet estava condenada. O sentimento era quase idêntico ao do crypto hoje: quem não percebia chamava de fraude; quem percebia também foi apanhado pela bolha; todos entraram em pânico; e no fim, todos passaram a duvidar do próprio futuro. Mas o irónico é que — a verdadeira era da internet começou no momento em que a bolha rebentou. Quando a maré baixa, não só se vê quem está a nadar nu. Também nos ajuda a filtrar os verdadeiros candidatos a chegar à outra margem. Em 2002, as ações da Amazon valiam apenas 0,6 dólares. A Google ainda não tinha entrado em bolsa. As empresas que sobreviveram, nos anos menos visíveis, construíram as verdadeiras infraestruturas, modelos de negócio e formas de lucro. O crypto de hoje assemelha-se muito ao período de 2002–2004: não são os anos mais quentes, mas são os mais cruciais. O rebentar da bolha eliminou o ruído, e só agora é que tendências, direções, infraestruturas e verdadeiros players começam a entrar na fase de construção. Gosto especialmente do conceito de negação da negação, porque descreve perfeitamente a evolução da tecnologia e da indústria. Negação da negação: o desenvolvimento das coisas nunca é uma linha reta ascendente. É mais como uma espiral ascendente: cada vez que pensas que voltaste ao ponto de partida, já estás num nível superior. O exemplo mais típico são as três iterações da arquitetura computacional. Anos 1950: mainframes IBM — centralização, o poder computacional concentrado em poucas instituições — governos, bancos, grandes empresas. Esta foi a primeira centralização: quem tinha as máquinas, tinha o poder. Anos 1980: revolução do PC — descentralização. Steve Jobs dizia que o computador era a bicicleta do povo. O poder computacional saiu das salas de servidores para as secretárias de cada um, todos passaram a ter o seu próprio computador, parecia uma negação do poder centralizado. A computação começou a descentralizar-se, tornando-se pessoal e local. Anos 2010: cloud computing — a negação da negação da centralização, num nível superior. AWS, Alibaba Cloud e várias clouds públicas voltaram a concentrar o poder computacional nos data centers. À superfície, parece um regresso à era dos mainframes; mas agora são poucos gigantes a controlar enormes quantidades de poder computacional. Parece que a cloud voltou à centralização dos mainframes, mas na essência é um nível completamente diferente: a soberania do terminal vem do PC, a elasticidade do poder computacional vem da cloud, as vantagens das duas gerações de tecnologia fundem-se. O crypto e as finanças da internet estão agora a passar exatamente pelo mesmo caminho: Primeira fase: ninguém entende, mas a direção está lá; Segunda fase: todos ficam entusiasmados, a bolha cresce até ao céu (acabámos de passar por isto); Terceira fase: a bolha rebenta → o falso é eliminado → subida em espiral (isto é 2025).

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