Circle faz parceria com Finastra para expandir o papel do USDC em pagamentos internacionais
A Circle e a gigante de software financeiro Finastra anunciaram nesta quarta-feira uma parceria para integrar a liquidação com stablecoin USDC à espinha dorsal da infraestrutura bancária global, uma iniciativa que visa modernizar os pagamentos transfronteiriços, historicamente afetados por altos custos e atrasos.
A colaboração conectará a plataforma Global PAYplus (GPP) da Finastra, que processa mais de US$ 5 trilhões em transações transfronteiriças diárias, à infraestrutura de pagamentos da Circle.
Os bancos que utilizam o GPP terão a capacidade de liquidar transações em USDC, uma stablecoin totalmente lastreada e regulamentada, atrelada ao dólar americano, mesmo quando as instruções subjacentes estiverem denominadas em moedas fiduciárias tradicionais.
Modelos de liquidação digital
Ao oferecer uma camada de liquidação baseada em blockchain dentro do ecossistema de pagamentos existente, a iniciativa busca reduzir a dependência das cadeias de bancos correspondentes, que podem levar vários dias e adicionar camadas de taxas.
Em vez disso, os bancos poderão compensar e liquidar transações de forma mais rápida, mantendo os processos de conformidade e câmbio.
O CEO da Finastra, Chris Walters, afirmou que a parceria foi projetada para oferecer aos bancos uma opção pronta para testar a liquidação digital.
De acordo com Walters:
“Ao conectar o hub de pagamentos da Finastra à infraestrutura de stablecoin da Circle, podemos ajudar nossos clientes a acessar opções inovadoras de liquidação sem o ônus de construir seus próprios sistemas.”
Para a Circle, cujo fornecimento de USDC já ultrapassa dezenas de bilhões em circulação, o acordo representa mais um passo para incorporar as stablecoins diretamente às finanças tradicionais.
O cofundador e CEO da Circle, Jeremy Allaire, disse que a rede global de clientes da Finastra torna a parceria um canal poderoso para expandir a adoção do USDC.
Allaire acrescentou:
“Juntos, estamos permitindo que instituições financeiras testem e lancem modelos inovadores de pagamento que combinam a tecnologia blockchain com a escala e a confiança do sistema bancário existente.”
O anúncio ocorre enquanto reguladores nos EUA, Europa e Ásia intensificam o escrutínio sobre as stablecoins, ao mesmo tempo em que reconhecem seu potencial papel na inovação dos pagamentos.
A possibilidade de usar uma stablecoin regulamentada para liquidação em plataformas amplamente utilizadas pode oferecer aos bancos uma maneira segura de experimentar pagamentos baseados em blockchain sem comprometer os atuais frameworks de conformidade.
Paisagem em evolução para fluxos transfronteiriços
O mercado de pagamentos transfronteiriços, estimado pela McKinsey em mais de US$ 150 trilhões anuais, tem enfrentado crescente pressão para melhorar a velocidade e a transparência.
Iniciativas como SWIFT gpi e pilotos de moedas digitais de bancos centrais surgiram para enfrentar ineficiências, mas as stablecoins são cada vez mais vistas como uma solução complementar.
Ao incorporar a liquidação diretamente na plataforma da Finastra, utilizada por bancos em mais de 100 países, a Circle está posicionando o USDC como uma ferramenta de nível institucional, e não apenas como um token de pagamento do setor cripto.
O modelo pode permitir que os bancos liquidem transações 24 horas por dia e contornem alguns dos intermediários mais caros que dominam os atuais corredores de pagamento.
Colaborações como a da Finastra com a Circle podem gradualmente deslocar a infraestrutura de mercado de processos lentos de liquidação entre múltiplos bancos para sistemas híbridos mais rápidos que combinam trilhos fiduciários com blockchain.
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