Ripple busca substituir a dominância da USDT da Tether na África com RLUSD

Ripple identificou a África como o próximo grande mercado de crescimento para sua stablecoin RLUSD lastreada em dólar americano.

Em 4 de setembro, a Ripple anunciou que fez parcerias com as fintechs Chipper Cash, VALR e Yellow Card para tornar o RLUSD mais amplamente acessível em todo o continente.

Esta iniciativa marca o mais recente movimento da Ripple para posicionar o RLUSD como uma ferramenta prática para pagamentos e liquidações em regiões com acesso limitado a infraestrutura financeira confiável.

Atualmente, a Ripple já utiliza o ativo digital em projetos de impacto social em todo o continente.

No Quênia, um programa foca em desafios relacionados ao clima, onde a Ripple fornece seguro contra seca mantendo fundos em contas escrow que são automaticamente liberados para agricultores quando dados de satélite indicam escassez severa de água.

Um segundo projeto piloto aplica o mesmo princípio à chuva, oferecendo pagamentos quando enchentes ou tempestades fortes prejudicam os meios de subsistência. Ambos os projetos utilizam contratos inteligentes para garantir transparência e agilidade, refletindo como as stablecoins podem servir a propósitos além da negociação e especulação.

Jack McDonald, vice-presidente sênior de stablecoins da Ripple, afirmou que o token já conquistou um papel em casos de uso institucionais. Estes vão desde soluções de pagamento e projetos de tokenização até servir como colateral tanto em mercados cripto quanto tradicionais.

Ele acrescentou:

“Estamos vendo demanda por RLUSD de nossos clientes e outros players institucionais importantes globalmente e estamos animados em começar agora a distribuição na África por meio de nossos parceiros locais.”

Desde o lançamento no início deste ano, o RLUSD ganhou força, alcançando uma capitalização de mercado de mais de US$ 700 milhões.

O mercado de stablecoins na África

O avanço da Ripple ocorre em um momento em que as stablecoins estão se tornando mais proeminentes no continente africano.

Um estudo recente da Yellow Card constatou que as stablecoins representaram 43% do volume de transações cripto na África Subsaariana.

Outro relatório do Fundo Monetário Internacional estimou que os fluxos de stablecoins chegaram a quase 7% do PIB total da região no ano passado.

De acordo com esses relatórios, as stablecoins se tornaram a espinha dorsal da atividade de ativos digitais no continente, à medida que empresas e indivíduos dependem cada vez mais delas para contornar a escassez de câmbio, reduzir atrasos em liquidações e realizar transações internacionais.

Os relatórios mostraram que o USDT da Tether desempenha um papel dominante no continente, processando mais da metade do total de transações.

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