O Goldman Sachs está investindo até US$ 1 bilhão por uma participação de 3,5% na gestora de ativos T. Rowe Price, confirmou a empresa nesta quinta-feira, de acordo com o Yahoo Finance.
O objetivo é inundar o mercado de aposentadoria com acesso a ativos privados (como imóveis, infraestrutura, crédito e private equity), coisas que antes eram oferecidas apenas a investidores institucionais.
Agora, o plano é disponibilizá-los para americanos comuns, especialmente aqueles que estão economizando para a aposentadoria.
A parceria quer construir um sistema que permita que esses ativos alternativos cheguem diretamente às mãos de aposentados, patrocinadores de contas e consultores financeiros. O CEO do Goldman, David Solomon, disse que essa colaboração “representa nossa convicção em um legado compartilhado de sucesso ao entregar resultados para os investidores”.
Ele também afirmou que, com as “décadas de liderança do Goldman inovando nos mercados públicos e privados” e a “expertise da T. Rowe em investimentos ativos”, os clientes podem esperar melhor acesso a novas formas de poupar para a aposentadoria e construir patrimônio.
As ações da T. Rowe Price subiram até 9% na sexta-feira após o anúncio. As ações do Goldman também tiveram alta, mas em menor proporção. O CEO da T. Rowe, Rob Sharps, disse:
“Como líder em aposentadoria, temos um histórico comprovado de usar nossa expertise para impulsionar soluções que ajudam nossos clientes a se prepararem, economizarem e viverem a aposentadoria com confiança.”
Goldman e T. Rowe preparam portfólios co-branded
Parte do plano conjunto inclui o lançamento de fundos com data-alvo que misturam ações públicas, títulos e ativos privados. Esses fundos híbridos devem ser lançados até o meio do próximo ano. Isso traria investimentos privados diretamente para portfólios de aposentadoria de uma forma que realmente não existia antes.
As duas empresas também querem lançar portfólios co-branded e oferecer consultoria financeira, visando tanto investidores de alta renda quanto investidores de alto patrimônio líquido.
Enquanto isso, nesta quinta-feira, o Citigroup anunciou que sua unidade de gestão de patrimônio começaria a trabalhar com a BlackRock sob um novo acordo. Esse acordo dará à BlackRock o controle de US$ 80 bilhões em ativos de clientes de patrimônio do Citi.
Com o tempo, esses fundos também incluirão estratégias de mercado privado. O Citi afirmou que o lançamento começará no quarto trimestre.
Essa onda de parcerias entre Wall Street e ativos privados ocorre após o presidente Trump assinar uma ordem executiva no mês passado. A ordem instrui a Securities and Exchange Commission a permitir que criptomoedas e outros ativos alternativos entrem em 401(k)s e contas de aposentadoria. Isso abriu as portas para grandes players como o Goldman apostarem tudo na promoção desses produtos.
Antes disso, os ativos privados eram amplamente inacessíveis. Esses investimentos são mais difíceis de vender, vêm com mais taxas e geralmente exigem longos períodos de bloqueio. Eles foram criados para investidores institucionais, não para professores, engenheiros ou pequenos empresários.
Mas o potencial de lucro superou o desafio. Com as mudanças nas regras, as gestoras de ativos estão correndo para entrar.
Apollo Global Management, Partners Group e KKR também fizeram parcerias com gestoras de ativos mais tradicionais. Isso inclui State Street, BlackRock e Capital Group. O objetivo geral é claro: atrair dinheiro do varejo para investimentos alternativos enquanto o momento é favorável.
Não apenas leia notícias sobre cripto. Entenda-as. Assine nossa newsletter. É grátis.
