O Japão está oficialmente mudando o roteiro do caos cripto. Nesta semana, a Financial Services Agency de Tóquio e a Securities and Exchange Surveillance Commission anunciaram planos bombásticos para alterar a Financial Instruments and Exchange Act.
A manchete? A negociação com informação privilegiada em criptomoedas agora será crime.
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Mesmas regras
As mesmas regras que se aplicam aos tubarões de Wall Street agora caçam os insiders do universo cripto.
As exchanges enfrentarão uma verdadeira fiscalização, os reguladores poderão impor multas pesadas sobre ganhos ilícitos e os infratores serão processados, tudo sob um sólido guarda-chuva legal.
Diferente dos EUA, onde a aplicação da lei anda a passos lentos, o Japão está integrando os criptoativos diretamente às suas leis de valores mobiliários.
Isso não é uma reação precipitada a algum escândalo de manchete, mas sim um projeto bem pensado para manter a justiça no centro da selva cripto.
Mas a cruzada de Tóquio faz parte de uma tendência maior na Ásia. A Coreia do Sul está reforçando a proteção aos usuários, Hong Kong exige licenças obrigatórias para exchanges e as medidas rigorosas de combate à lavagem de dinheiro de Singapura lideram o movimento.
Juntas, essas ações formam o que os insiders (não aqueles insiders) chamam de muralha financeira da Ásia, uma defesa coordenada para coroar a inovação, mas esmagar a contaminação da especulação desenfreada que abalou os mercados ocidentais durante 2022-23.
Pseudonimato
A nova lei japonesa sobre negociação com informação privilegiada é o ingrediente secreto. Finalmente, práticas suspeitas de insiders em cripto, desde funcionários de exchanges até fundadores de projetos, enfrentam responsabilidade criminal igual à de operadores tradicionais de ações que possuem informações confidenciais.
Mas quem exatamente é considerado insider em um mundo descentralizado onde o código manda e o anonimato prevalece?
Muitos tokens não possuem um emissor central, e os usuários de blockchain frequentemente usam máscaras de pseudonimato.
A Japan Virtual and Crypto Assets Exchange Association tem lutado com esses fantasmas, com pouca capacidade investigativa.
Estratégia nacional
Agora, a SESC ganha força para exigir dados das exchanges, monitorar movimentações suspeitas de carteiras e aplicar penalidades proporcionais ao crime.
É uma fera híbrida de perícia em blockchain com o poder regulatório tradicional, finalmente trazendo transparência ao selvagem universo cripto.
Com forte apoio político da defensora da soberania digital Sanae Takaichi, isso não é apenas regulação.
É uma estratégia nacional em larga escala, combinando proteção ao investidor com impostos competitivos para recolocar o Japão como líder fintech da Ásia e modelo global de inovação cripto responsável.
Especialista em criptomoedas e Web3, fundador da Kriptoworld
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Com anos de experiência cobrindo o setor de blockchain, András oferece reportagens perspicazes sobre DeFi, tokenização, altcoins e regulamentações cripto que moldam a economia digital.
