JPMorgan eleva Cipher e CleanSpark, reduz metas de MARA e Riot em ajuste de mineradoras de bitcoin
Resumo rápido: A atualização da JPMorgan destaca fortemente a capacidade dos mineradores de converter ativos de energia em receita de HPC de longo prazo, com a expectativa de que vários deles convertam mais de um terço de sua capacidade até 2026. Analistas também apontaram a diluição como um obstáculo crescente, aumentando o número de ações totalmente diluídas em até 30% entre os principais mineradores.
O JPMorgan atualizou sua perspectiva para mineradoras de bitcoin e operadores de data centers que estão migrando para computação de alta potência (HPC) nesta segunda-feira, elevando a classificação da Cipher Mining e da CleanSpark, enquanto reduziu os preços-alvo de várias das maiores mineradoras tradicionais.
Os analistas Reginald Smith e Charles Pearce afirmaram que o setor está entrando em uma fase de “maior convicção” nas transições para HPC e computação em nuvem, após mais de 600 megawatts em acordos de longo prazo relacionados à IA terem sido assinados desde o final de setembro. Isso inclui contratos importantes com AWS, Fluidstack (apoiada pelo Google) e Microsoft.
Agora, eles esperam que as mineradoras anunciem aproximadamente 1,7 gigawatts adicionais de capacidade crítica de TI até o final de 2026, o que equivale a cerca de 35% de sua capacidade de energia aprovada.
Upgrade para Cipher e CleanSpark
A Cipher Mining foi elevada para Overweight (acima da média do mercado) em relação à classificação anterior de Neutral, com o preço-alvo para dezembro de 2026 aumentando de US$ 12 para US$ 18. Os analistas destacaram os recentes contratos de 410 MW em HPC da empresa e uma queda de cerca de 45% no preço das ações em relação às máximas recentes, chamando isso de “um bom ponto de entrada”.
Gráfico do preço das ações da Cipher Mining (CIFR). Fonte: The Block/TradingView
O banco agora espera que a Cipher assegure aproximadamente 480 MW de TI crítica até 2026 — cerca de 64% de sua capacidade aprovada — e afirmou que locais de longa duração previstos para 2028–2029 podem sustentar avaliações muito mais altas em uma transição total para HPC.
A CleanSpark também foi elevada para Overweight, com o JPMorgan reiterando seu preço-alvo de US$ 14. Os analistas atribuem à empresa cerca de 200 MW de potencial de TI crítica em seu recém-adquirido local de 285 MW no Texas, avaliando essa capacidade em cerca de US$ 13 milhões por megawatt.
Gráfico do preço das ações da CleanSpark (CLSK). Fonte: The Block/TradingView
Meta da IREN elevada, classificação permanece Underweight
O JPMorgan elevou o preço-alvo da IREN de US$ 28 para US$ 39, refletindo avaliações mais altas para a capacidade integrada de nuvem após o acordo de US$ 9,7 bilhões com a Microsoft no início deste mês.
Ainda assim, manteve a classificação Underweight, argumentando que as ações já precificam projetos futuros de HPC-cloud em locais ainda não desenvolvidos.
O banco agora projeta que a IREN alcance 660 MW de carga crítica de TI contratada até 2026 — representando cerca de 250.000 GPUs e aproximadamente US$ 6 bilhões em receita anualizada de serviços em nuvem.
Apesar do preço-alvo mais alto, a nova estimativa de US$ 39 está abaixo do preço atual das ações da IREN, que era negociado em torno de US$ 46,70 na manhã de segunda-feira, segundo a página de preços do The Block.
Metas da Marathon e Riot reduzidas
A meta da MARA Holdings foi reduzida de US$ 20 para US$ 13 devido à queda nos preços do bitcoin, aumento do hashrate da rede e maior número de ações em circulação devido à emissão de ATM e notas conversíveis. O JPMorgan também reduziu a avaliação do negócio de mineração da MARA de cerca de US$ 2,5 bilhões para US$ 1,3 bilhão.
A meta da Riot foi reduzida de US$ 19 para US$ 17. Os analistas agora esperam um acordo de colocation de 600 MW em seu desenvolvimento em Corsicana — cerca de um terço de seu portfólio de energia aprovado — e reduziram o valor das operações de mineração para cerca de US$ 1 bilhão.
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