Notas Principais
- A Itaú Asset Management recomenda uma alocação disciplinada em Bitcoin, citando baixa correlação com ativos tradicionais e benefícios de diversificação.
- A orientação posiciona o Bitcoin como uma proteção parcial contra a desvalorização cambial e instabilidade macroeconômica.
- O endosso da Itaú adiciona credibilidade institucional ao mercado cripto no Brasil e apoia uma adoção mais ampla.
A Itaú Asset Management, maior gestora de ativos privada do Brasil, está agora oficialmente aconselhando seus clientes a comprar Bitcoin BTC $89 812 Volatilidade 24h: 0,4% Valor de mercado: $1,79 T Vol. 24h: $35,05 B . Isso marca um ponto de virada importante para a adoção de cripto na América Latina. A empresa sugere uma alocação “calibrada” de 1% a 3% do portfólio em Bitcoin. Entre as bases dessa decisão, especialistas citam a baixa correlação com ativos tradicionais como um benefício chave para diversificação.
A recomendação veio de Renato Eid, chefe de estratégias beta da empresa, em uma nota analítica de final de ano. Eid enfatizou uma abordagem disciplinada e de longo prazo, aconselhando os clientes a resistirem a reações diante da volatilidade de curto prazo do mercado. O cerne da tese do banco repousa na utilidade do Bitcoin como proteção parcial contra a desvalorização cambial e instabilidade global.
“É necessário moderação e disciplina: defina uma fatia estratégica (por exemplo, 1%–3% do portfólio total), mantenha um horizonte de longo prazo e resista à tentação de reagir ao ruído de curto prazo”, afirmou Eid na nota.
Essa orientação alinha a Itaú com outros grandes nomes das finanças globais. O Bank of America já sugeriu anteriormente uma alocação semelhante de até 4% para alguns investidores, enquanto a BlackRock também sinalizou aprovação para participações modestas em Bitcoin. No momento do anúncio, o Bitcoin (BTC) estava sendo negociado em torno de $90.329, com queda de aproximadamente 2,34% nas últimas 24 horas.
A Visão Institucional
A recomendação da Itaú é mais do que apenas um sinal otimista; é um movimento estratégico para institucionalizar o cripto em uma região historicamente marcada pela desvalorização cambial. Para os investidores brasileiros, o conselho de usar Bitcoin como proteção não é teórico. É uma resposta prática às realidades econômicas locais.
Esse endosso fornece um “sinal verde” regulatório e de conformidade para indivíduos de alto patrimônio e family offices no Brasil que antes estavam hesitantes em entrar no mercado cripto. O movimento também legitima os próprios produtos cripto da Itaú, incluindo o ETF de Bitcoin à vista BITI11, que cria um canal direto para o capital institucional na classe de ativos.
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