MSTR: hora de comprar na baixa ou esperar? Três questões estratégicas que você precisa entender
Original / Odaily
Autor / Wenser
Como o "barômetro das criptomoedas", o preço das ações da Strategy sempre afeta o mercado, estando intimamente ligado à estabilidade do fluxo de caixa, posição no índice e outros fatores-chave. De acordo com as últimas notícias, de 15 a 21 de dezembro, a Strategy levantou US$ 748 milhões por meio da venda de ações ordinárias, elevando suas reservas de caixa para US$ 2,19 bilhões, e suspendeu a compra de bitcoin; atualmente, a empresa detém cerca de US$ 60 bilhões em bitcoin.
Atualmente, o mercado cripto e a Strategy enfrentam uma questão crucial: quando o preço das ações se recuperará da tendência de queda? E quando os investidores devem considerar comprar ações da MSTR? O Odaily fará uma breve análise com base nas três questões a seguir.
Pergunta 1: Origem da queda das ações da Strategy: Exclusão do índice MSCI
Analisando as quedas das ações da Strategy no terceiro e quarto trimestres, além do "grande crash de 11 de outubro" que causou uma queda sistêmica no setor e a diminuição da força compradora no mercado cripto, o gatilho mais direto foi o episódio de outubro envolvendo a possível exclusão da Strategy do índice MSCI.
Situação atual da Strategy: Lucro não realizado acima de US$ 10,1 bilhões, retorno anual de cerca de 24%
Segundo o analista on-chain Yu Jin monitorou, até 22 de dezembro, a Strategy (MSTR) ainda detinha 671.268 BTC, avaliados em US$ 60,441 bilhões, com preço médio de aquisição de US$ 74.972, resultando em um lucro não realizado de US$ 10,114 bilhões. Em comparação, a líder em tesouraria de ETH, BitMine, tem um preço médio de aquisição de ETH de US$ 3.884, com uma perda não realizada de US$ 3,37 bilhões. Nesse aspecto, a resiliência do BTC em relação ao ETH é evidente.
Em 15 de dezembro, o fundador e presidente executivo da Strategy, Michael Saylor, afirmou que a Strategy detém 671.268 bitcoins, com preço médio de compra de US$ 74.972, e que o retorno do bitcoin no ano até agora é de 24,9%. Pelos números, a Strategy ainda é considerada uma blue chip de desempenho excepcional.
No entanto, olhando para os dados gerais das empresas de tesouraria de BTC, devido à queda anual de 6% do BTC, segundo o relatório do BitcoinTreasuries.net reporta, em 2025, apenas uma empresa de tesouraria de bitcoin superou o índice S&P 500 (com retorno anual de 16%), sendo ela a francesa The Blockchain Group, cuja ação subiu cerca de 164% desde 1º de janeiro. Em comparação, as ações da Strategy caíram 12%, as da Metaplanet caíram quase um terço, e a Nakamoto, que levantou mais de US$ 600 milhões para comprar bitcoin, viu seu valor de mercado despencar mais de 98%.
Controvérsia sobre a exclusão do índice MSCI: Proposta de proibir empresas com mais de 50% de ativos digitais
Em outubro deste ano, em resposta a consultas de clientes, a MSCI sugeriu excluir de seus índices globais de referência empresas cujos ativos digitais representem 50% ou mais do total de ativos. A MSCI acredita que essas empresas se assemelham mais a fundos de investimento, que não são incluídos em seus índices. No entanto,
Essa medida rapidamente gerou críticas e respostas das empresas envolvidas: a Strategy alertou que isso causaria grande volatilidade nos índices e seria contrário às políticas do governo dos EUA de incentivar a inovação em ativos digitais; além disso, a Strategy instou fortemente o comitê do índice MSCH a abandonar a proposta; muitas empresas argumentaram que são operacionais e desenvolvem produtos inovadores, considerando a proposta discriminatória para o setor cripto.
As partes debateram: a MSCI argumentou que empresas de reserva de ativos digitais (DATs), como Strategy e BitMine, são mais parecidas com fundos de investimento do que com negócios operacionais tradicionais; a Strategy destacou que, como as empresas que reportam pelo IFRS podem contabilizar bitcoin pelo custo, enquanto o US GAAP exige marcação a valor justo trimestral, a regra é de difícil aplicação uniforme. Se o preço do bitcoin oscilar ou as normas contábeis forem diferentes, empresas que detêm bitcoin podem "entrar e sair" dos principais índices, causando confusão para provedores de índices e investidores.
O mercado reagiu de forma mista, com opiniões divergentes.
Impacto potencial da exclusão da Strategy do índice MSCI: pode levar à venda de até US$ 15 bilhões em criptoativos
Após a controvérsia sobre a exclusão do índice MSCI, analistas de várias instituições apresentaram suas opiniões:
- Analistas do JPMorgan estimam que, se a Strategy for removida do índice MSCI, fundos passivos que acompanham o índice podem ser forçados a vender até US$ 2,8 bilhões em ações da Strategy, resultando em uma saída passiva de cerca de US$ 2,8 bilhões do mercado.
- Se a MSCI seguir com a exclusão das empresas de tesouraria de criptoativos de seus índices, essas empresas podem ser forçadas a vender até US$ 15 bilhões em criptoativos. O grupo "BitcoinForCorporations", que se opõe à proposta, prevê, com base em uma lista preliminar verificada de 39 empresas, que o valor de mercado ajustado total dessas empresas é de US$ 113 bilhões, podendo enfrentar uma saída de US$ 10 a 15 bilhões; a Strategy representa 74,5% desse valor de mercado ajustado.
- Alguns analistas afirmam que a medida pode fazer com que a empresa, que acumula grandes quantidades de bitcoin, perca até US$ 9 bilhões em demanda por suas ações, enfraquecendo a atratividade de todo o setor.
- Em dezembro, a Strategy foi aprovada na revisão do índice Nasdaq 100, sendo esta a primeira vez que passa pelo teste desde que entrou no índice em dezembro do ano passado.
- Analistas dos bancos de investimento Jefferies e TD Cowen apontam que, se a Strategy for finalmente excluída do MSCI, outros índices globais podem seguir o exemplo, incluindo: Nasdaq 100, CRSP US Total Market Index e os índices FTSE Russell do London Stock Exchange Group.
- Até 20 de dezembro, o índice Nasdaq 100 manteve a Strategy, o CRSP se recusou a comentar sobre uma possível exclusão, e um porta-voz do London Stock Exchange Group afirmou que continuará acompanhando o caso, mas as respostas seguirão seus processos internos.
- O presidente executivo da Strategy, Michael Saylor, e o CEO Phong Le já enviaram carta à MSCI, argumentando que a empresa é uma entidade operacional, não um veículo de investimento passivo.
Atualmente, a MSCI está realizando uma consulta pública e anunciará a decisão final em 15 de janeiro do próximo ano.
Pergunta 2: Validação do efeito Lindy no setor DAT: a Strategy pode ser "grande demais para falir"?
O efeito Lindy sugere que quanto mais tempo algo existe, maior a probabilidade de continuar existindo no futuro.
Por exemplo, clássicos como a "Bíblia" ou os "Analectos" têm mais chances de sobreviver ao tempo do que best-sellers atuais ou autobiografias de celebridades.
Anteriormente, o fundador da Strategy, Michael Saylor, afirmou de forma ousada que "se a MicroStrategy conseguir acumular 5% do fornecimento total de bitcoin, o preço do bitcoin chegará a US$ 1 milhão. Ele acrescentou que, se a participação atingir 7%, cada bitcoin valerá US$ 10 milhões." Ele descreveu essa ação como um impulso para a valorização da rede.
Anteriormente, o presidente da BitMine, Tom Lee, analisou positivamente a "formação de uma reserva de caixa de US$ 1,4 bilhão" pela Strategy, dizendo: "Apesar da queda de mais de 50% nas ações da Strategy nos últimos seis meses, essa reserva permitirá que a empresa continue pagando dividendos aos acionistas durante quedas no preço do bitcoin, sem precisar vender seus US$ 61 bilhões em bitcoin." Ele também destacou que, no último ciclo de queda do bitcoin, as ações da Strategy chegaram a ser negociadas abaixo do seu valor patrimonial líquido (NAV), e a formação da reserva de caixa foi uma preparação para esse cenário.
Segundo o analista da TD Cowen, Lance Vitanza, a Strategy precisa pagar cerca de US$ 824 milhões por ano em juros e dividendos.
Com o aumento das reservas de caixa para US$ 2,19 bilhões, a "crise de fluxo de caixa" da Strategy pode ser adiada pelo menos até o segundo semestre de 2027.
Pergunta 3: Ainda há demanda por ações da Strategy? Fundos de bilionários e fundos nacionais continuam comprando
Além das informações de acionistas do terceiro trimestre mencionadas em nosso artigo anterior "Ações caem pela metade, mas recebem apostas de capital de longo prazo: revelando o 'grupo misterioso de acionistas' da Strategy", as ações da Strategy continuam recebendo boa demanda no mercado recente. De acordo com as últimas notícias de hoje, o volume diário de negociação da Strategy (MSTR) já superou o do gigante bancário JPMorgan. Além disso, outros compradores também são fundos com grande volume de ativos sob gestão:
Fundo de hedge de bilionário compra mais de 390 mil ações da MSTR, no valor de US$ 65 milhões
Em 17 de dezembro, o fundo de hedge Point72 Asset Management, do bilionário Steve Cohen, adquiriu 390.666 ações (cerca de US$ 65 milhões) da empresa de tesouraria de bitcoin Strategy (MSTR).
Fundo Nacional de Pensão da Coreia do Sul: participação em ações da Strategy aumenta para US$ 93 milhões
Em 10 de dezembro, o BitcoinTreasuries.NET divulgou que o Fundo Nacional de Pensão da Coreia do Sul (NPS), com US$ 1 trilhão em ativos, aumentou sua participação na empresa listada de bitcoin Strategy (MSTR) para US$ 93 milhões.
Conclusão: 15 de janeiro pode ser o momento decisivo para comprar ações da MSTR
Apesar de o Citi ter reduzido significativamente o preço-alvo das ações da Strategy de US$ 485 para US$ 325, ainda manteve a recomendação de "compra", demonstrando a confiança de longo prazo das instituições de capital no ativo MSTR. Em 15 de janeiro do próximo ano, a decisão da MSCI sobre manter ou não a Strategy no índice pode ser o momento decisivo para a compra das ações da MSTR.
Até lá, decidir comprar na baixa ou esperar o momento certo depende da tolerância ao risco de cada investidor.
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