Bitcoin agora: criptomoeda rompe US$ 91 mil e reacende esperança no mercado
Bitcoin recupera força após romper os US$ 91 mil e reacende o otimismo no mercado, apesar da liquidez baixa e dos riscos macroeconômicos.
O Bitcoin agora quebrou a sequência de quedas após registrar mais um dia de alta e subir mais de 5% e recuperar a região próxima de US$ 92 mil.
Desse modo, afastando, ao menos por enquanto, o temor de um mergulho abaixo dos US$ 80 mil.
O movimento trouxe alívio para investidores que enfrentaram semanas de forte aversão ao risco e renovou o debate sobre a possibilidade de uma recuperação mais sólida.
O analista Paulo Aragão, do Giro Bitcoin, afirma que o ativo retomou força e alcançou o repique técnico esperado.
Ele destaca que a região de US$ 91 mil voltou a se tornar um ponto decisivo, já que um fechamento consistente acima desse nível abriria espaço para novos avanços no curto prazo.
A alta, porém, não veio sozinha. Ela foi impulsionada pela subida dos índices americanos e pela intensificação das apostas em um corte de juros em dezembro.
Além disso, a liberação de uma pressão artificial existente no mercado de opções acelerou a movimentação durante a manhã, fortalecendo o ritmo de recuperação.
Mesmo com o entusiasmo, o feriado de Thanksgiving nos Estados Unidos reduz a liquidez e pode gerar oscilações mais bruscas.
Por isso, Aragão afirma que só na próxima semana será possível medir com clareza se o Bitcoin conseguirá buscar a região de US$ 93 mil a US$ 94 mil.
Bitcoin agora vai subir?
Apesar do rali, o preço ainda se apoia em variáveis sensíveis.
A faixa dos US$ 91 mil deve indicar se o movimento atual representa apenas um respiro técnico ou o início de um novo ciclo de alta.
Qualquer rejeição firme abaixo desse nível pode reacender as preocupações que dominaram o mercado recentemente.
Por trás da forte reação, pesa uma combinação de fatores macroeconômicos e comportamentos de grandes investidores.
A expectativa de que o Federal Reserve possa iniciar um processo de flexibilização monetária estimulou a tomada de risco.
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Essa leitura ganhou força após falas de autoridades do banco central e depois que Cathie Wood, da ARK Invest, reforçou que a liquidez global pode melhorar nas próximas semanas.
Além disso, a correlação de 0,82 entre Bitcoin e S&P 500 mostrou novamente que o mercado cripto segue altamente dependente de sinais macroeconômicos.
Assim, qualquer avanço no ambiente global tende a impulsionar o BTC de maneira quase imediata.
ETFs ajudaram na alta
O sentimento também melhorou com os primeiros fluxos líquidos positivos nos ETFs de Bitcoin após um período de fortes saídas.
Os aportes voltaram a indicar maior disposição institucional, com destaque para o Ethereum, que registrou quatro dias consecutivos de entradas.
No cenário econômico americano, indicadores favoreceram o clima de recuperação.
Os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram para 216 mil, menor nível desde abril, enquanto o Beige Book apontou desaceleração em alguns setores.
Esses dados reforçaram a tese de que o Fed permanece dependente das evidências antes de tomar decisões mais restritivas.
No campo on-chain, o alívio apareceu em diferentes regiões.
O comportamento da USDT, geralmente visto como ‘contrarian’, mostrou redução na realização de lucros, enquanto os ETFs de BTC e XRP registraram entradas relevantes.
A exceção ficou com a Solana, que sofreu saídas e expôs uma postura mais cautelosa de parte dos gestores.
Mesmo com volumes baixos, a acumulação das baleias ganhou destaque. Grandes investidores aumentaram suas posições e adicionaram cerca de 30.000 BTC às carteiras.
Isso reforça a leitura de que valores abaixo de US$ 90 mil seguem atrativos para operadores que movimentam grandes quantidades.
Por outro lado, o aumento de US$ 40 bilhões em entradas totais de ativos nas exchanges ao longo da semana trouxe preocupação.
Medo e ganância
O Índice de Medo e Ganância também ajudou a explicar a virada no humor. Ele caiu para 18 pontos, região historicamente associada a possíveis reversões.
A Coinbase, no entanto, registrou 12.000 depósitos de BTC em apenas um dia, mostrando que parte relevante dos investidores ainda teme novas correções.
O rali atual também refletiu um claro rebote técnico.
O BTC voltou a operar acima da média móvel simples de sete dias e mostrou melhora no RSI, que subiu de 38 para 48.
As taxas de financiamento negativas, comuns em períodos de estresse, favoreceram o fechamento de posições vendidas e intensificaram a força compradora.
O próximo grande teste aparece na média móvel simples de 30 dias, situada perto de US$ 98.852.
‘Uma quebra consistente pode reacender o apetite do mercado, mas a rejeição nesse patamar tende a reforçar o medo e manter o BTC preso em uma faixa estreita’, afirma Mike Ermolaev, analista e fundador da OutsetPR
O cenário macro também contribuiu para o alívio.
De acordo com André Franco, da Boost Research, os mercados asiáticos avançaram com a forte probabilidade de corte de juros pelo Fed.
O enfraquecimento do dólar e a leve valorização do iene reforçaram as expectativas otimistas, criando um ambiente mais favorável para ativos de risco.
Níveis a serem observados
A reversão da tendência de quatro semanas de queda, combinada com liquidez crescente, fortaleceu o BTC e abriu espaço para novos testes de resistência.
Caso os dados econômicos americanos continuem pressionando o Fed, o ativo poderá retomar o caminho para a faixa dos US$ 92 mil a US$ 94 mil.
No entanto, qualquer surpresa hawkish pode empurrar o preço para a região de suporte entre US$ 88 mil e US$ 89.500.
O analista Timothy Misir, da BRN, destaca que a recuperação ainda exige cautela. Segundo ele, o intervalo entre US$ 84 mil e US$ 95 mil deve guiar o comportamento do mercado.
Uma alta acima de US$ 95 mil mudaria rapidamente o sentimento, enquanto uma queda abaixo de US$ 84 mil indicaria risco de uma nova fase de distribuição.
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