Após semanas de forte valorização, o Bitcoin finalmente superou seu topo histórico e chegou a ser negociado a US$ 112 mil. Essa nova máxima é significativa não apenas pelo número, mas também pelo contexto em que ela ocorreu: em meio a uma semana de correção nos mercados tradicionais. Enquanto bolsas do mundo inteiro recuavam, o Bitcoin mostrava força relativa, indicando um forte interesse comprador que pode estar relacionado ao cenário macroeconômico e à crescente demanda institucional. Ainda assim, o ativo não conseguiu sustentar-se acima desse nível por muito tempo e rapidamente devolveu parte da alta, chegando a operar próximo aos US$ 106 mil, o que reforça o caráter volátil e técnico da região atual.

Essa volatilidade também foi intensificada pelo anúncio do ex-presidente Donald Trump, que sinalizou uma possível retomada das tarifas comerciais contra a União Europeia. A possibilidade de uma guerra comercial global se reacender pesou nos mercados e contribuiu para frear o movimento de rompimento do topo histórico. Ainda assim, o Bitcoin demonstrou resiliência, mantendo-se forte acima da região dos US$ 110 mil na maior parte do tempo, o que evidencia a confiança dos compradores.

A semana será marcada por importantes eventos no calendário macroeconômico. Na terça-feira (28), será divulgado o índice de confiança do consumidor dos EUA, às 11h. Já na quarta-feira (29), as atenções estarão voltadas para a divulgação das atas da última reunião do FOMC às 15h, o que deve trazer pistas sobre a visão atual do Federal Reserve em relação à inflação, juros e estabilidade econômica. Na quinta-feira (30), às 9h30, será divulgado o dado preliminar do PIB norte-americano referente ao primeiro trimestre de 2025, que é especialmente relevante porque a leitura anterior veio negativa — o que pode levantar discussões sobre uma possível recessão técnica nos EUA. Encerrando a semana, na sexta-feira (31), também às 9h30, teremos a divulgação do PCE, principal índice de inflação observado pelo Fed.

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No aspecto técnico, apesar do rompimento das máximas, o Bitcoin não apresentou o clássico “blue sky breakout”, movimento em que há forte expansão de preço após uma nova máxima histórica. Ao contrário disso, vimos o preço ser rapidamente pressionado por ordens de venda, o que evidencia uma realização de lucros após seis semanas consecutivas de alta, todas com fechamento positivo. 

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Essa sequência inédita de velas semanais verdes demonstra um mercado esticado, o que reforça o risco de uma correção no curto prazo. Tecnicamente, o Bitcoin encontra sua resistência mais forte nos US$ 112 mil, enquanto os suportes mais relevantes estão nas regiões de US$ 97 mil (zona de liquidez), US$ 93 mil (confluência de suporte e fundos prévios) e US$ 88 mil (nível de Fibonacci e topos anteriores).

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O sentimento do mercado também exige cautela. O indicador Fear and Greed Index se mantém em níveis elevados de ganância, o que historicamente sugere momentos de realização de lucros. 

Bitcoin rompe topo histórico e acende alerta para correções com dados decisivos na semana image 3No entanto, os dados do mercado de derivativos continuam apontando para uma perspectiva positiva de médio e longo prazo. O Long/Short Ratio próximo de 0,5 mostra que há mais traders posicionados em short (vendidos) do que comprados, o que pode gerar força compradora adicional em caso de liquidações. Além disso, o Open Interest — que representa o total de contratos futuros em aberto — segue em máximas históricas, indicando que há um grande volume de capital e liquidez disponível para impulsionar os movimentos de preço.

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Nesse cenário, a estratégia mais prudente para os investidores é equilibrar cautela e exposição. Quem está muito posicionado deve considerar realizar parte dos lucros, especialmente se estiver com pouco caixa e alta exposição em regiões próximas ao topo histórico. Já quem ainda não entrou pode aguardar correções mais significativas, com oportunidades de entrada gradativa nas regiões entre US$ 97 mil e US$ 88 mil. Acima dos US$ 105 mil, novas compras agressivas não são recomendadas, a não ser que o mercado mostre uma forte confirmação de rompimento sustentado. Em todos os casos, o uso de stops e o rebalanceamento de portfólio são medidas essenciais para preservar capital em um momento tão técnico e sensível do mercado.

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