Banco Central avalia uso do Drex para aprimorar decisões de política monetária
O Banco Central (BC) estuda empregar o Drex, projeto de tokenização do sistema financeiro nacional, como ferramenta de apoio à política monetária. A iniciativa pode permitir análises mais precisas do consumo por grupos e oferecer subsídios mais robustos para decisões sobre a taxa de juros.
Henrique Videira, auditor do BC e engenheiro, afirmou durante o evento TokenNation 2025 hoje (4), em São Paulo onde o BeInCrypto está participando, que a integração de diferentes bases de dados — como registros de imóveis, veículos e ativos financeiros — à rede distribuída do Drex ampliará a qualidade das informações disponíveis para análise econômica.
Segundo ele, a tokenização viabilizaria o monitoramento em tempo real de fluxos de compra, venda e reconstrução de bens como automóveis e imóveis.
“Com um volume muito maior de dados, a política monetária pode ser muito mais eficiente”, argumentou.
Superapp consolidado e interoperabilidade com Pix
Videira também revelou detalhes do modelo de agregador financeiro que o Drex deve proporcionar. A proposta é que a infraestrutura do Drex seja integrada aos aplicativos das instituições financeiras, permitindo que os usuários visualizem todos os seus ativos — de depósitos bancários a imóveis e ações — em uma interface única e consolidada. Essa visão unificada incluirá, por exemplo, saldos em diferentes bancos, aplicações financeiras, valor de automóveis e propriedades vinculados ao Drex.
Segundo o auditor, o usuário poderá inclusive movimentar ativos diretamente pelo aplicativo bancário, com a mesma fluidez de uma transação via Pix. A integração com o sistema de pagamentos instantâneos e o Open Finance é considerada essencial para garantir interoperabilidade, padronização e segurança.
O BC reforça que não atuará como fornecedor direto desses serviços ao público final. Seu papel será garantir a existência de um ecossistema interoperável, com governança e padrões técnicos comuns, estimulando a concorrência e a inovação.
Videira destacou ainda que o Drex poderá facilitar o acesso ao crédito. Com mais informações disponíveis em um ambiente seguro e estruturado, os bancos poderão avaliar melhor as garantias oferecidas pelos clientes, como imóveis ou automóveis tokenizados. Isso pode resultar em taxas de juros mais baixas, especialmente para pessoas físicas e pequenas empresas.
Além disso, o uso do Drex será opcional. Cidadãos e empresas poderão decidir se desejam ou não registrar seus ativos na rede, bem como com qual instituição financeira desejam contratar crédito. O objetivo, segundo o BC, é fomentar a inclusão financeira com transparência e liberdade de escolha.
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